SIMPÓSIO de MISSÃO

apresentação

O próximo evento do Centro Internacional de Treinamento Missionário (CITM) será um simpósio regional de missão. O evento ocorrerá nos dias 02 e 03 de julho de 2026, na região sudeste. Conforme o planejamento da coordenadoria do CITM, em conjunto com a Área de Expansão Missionária da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (por meio de seu vice-presidente, Rev. Heder Pieper Gummz), este simpósio será no estado do Espírito Santo. Mais informações serão publicadas nesta plataforma em breve.

 

Rev. Samuel R. Fuhrmann (Ph.D.)

Coordenador do Centro Internacional de Treinamento Missionário (CITM)

Missiólogos tem utilizado o termo missio Dei para falar desta característica da ação divina. Um dos motivos claros para o uso deste termo é a afirmação de que quando uma congregação cristã ou indivíduos cristãos falam de missão, eles não devem pensar na missão como algo que lhes pertence (VICEDOM, 1965, p.5-6). Em outras palavras, a Igreja faz missão porque Deus continua ativo em sua obra de salvar.
Infelizmente, facilmente a igreja identifica missão com a sua própria agenda. Sejam eventos evangelísticos ou atividades congregacionais, no momento em que a Igreja perde a noção da missio Dei, ela começa a servir a si própria. Por esta razão, é importantíssima a contribuição do Dr. Schulz quando ele afirma que a missão de Deus está ligada à cruz de Cristo (SCHULZ, 2009, p.78). Não é a Igreja quem escolhe o que falar ou o que fazer enquanto em missão, e sim o próprio Deus. Não se quer ignorar com isso questões culturais importantes. A Igreja precisa pensar sobre maneiras de se comunicar apropriadamente. O ponto em questão, porém, é que a Igreja faz em missão aquilo que Deus lhe ordena fazer. Isso é assim porque a missão é de Deus, e não da Igreja ou de indivíduos.
Como discutido acima, a missão é algo que pertence a Deus e cuja mensagem é estabelecida pelo próprio Deus. A proposta do X Simpósio Internacional de Missão é debater sobre como estas duas realidades acerca da missão refletem na identidade da igreja. Esta é a razão para falarmos na missão de Deus como marca da Igreja. Em outras palavras, a palavra marca aqui designa um aspecto da identidade da Igreja.
O título e tema do Simpósio tem como inspiração a breve menção feita pelo Dr. Klaus Detlev Schulz sobre as marcas da igreja conforme entendidas por Lutero em seu texto Dos Concílios e da Igreja de 1539. Em seu artigo, Schulz está refletindo sobre a missão como uma nota ecclesia. A sua reflexão é baseada nos artigos 7 e 8 da Confissão de Augsburgo. A certa altura, porém, Schulz recorda que, quando Lutero fala das sete marcas da Igreja, ele não pontua a missão como uma destas marcas (SCHULZ, 2021 p.16). Ele não sugere com isso que Lutero não compreendesse a missão dentro destas sete marcas. No entanto, compreendemos que o assunto seja importante e merece maior atenção.
Por pouco o simpósio não adotou o título “Missão: a oitava marca da Igreja”. As razões para não termos seguido nesta linha são pelo menos duas. Primeiro, consideramos que, quando Lutero aponta as sete marcas da igreja, ele não exclui a missão. É verdade também que Lutero não parece desejar ser exaustivo em sua lista, mas ele quer sim identificar o que define em essência a Igreja de Deus. Por essa razão não cabe a nós esticar a lista sem o devido critério, pois, senão, já não saberemos mais o que faz parte da essência da igreja. Em segundo lugar, falar em oitava marca em uma lista poderia dar a impressão de algo que está em último lugar. Isso certamente pode ser explicado em um artigo ou no próprio Simpósio, mas desejávamos que o título do Simpósio não fosse mal compreendido. Para que tivéssemos esta fundamentação teórica bem desenvolvida, foi convidado o Dr. César Rios para refletir sobre a essência da igreja destacando o lugar da missão.
A urgência do assunto demonstra-se na teoria e na prática. Precisamos nos perguntar se a missão da igreja deve ser vista como um departamento dentro da igreja ou se ela é algo de caráter essencial. Para este fim, o vice-presidente de Educação Cristã da IELB, o Pr. Fernando E. Garske reflete sobre como as demais marcas da igreja conversam com a missão da igreja. Uma vez que a missão é algo essencial da igreja, seria uma contradição abrir mão daquilo que é essencial à igreja na prática da missão.
Após esta reflexão mais teórica sobre a missão como marca da igreja e como esta marca se relaciona com as demais marcas da igreja, o simpósio traz aplicações práticas deste conteúdo. Este é o caráter das palestras dos pastores Lucas P. Graffunder, Mário R. Y. Fukue e do professor Leonidio Goerl. Graffunder refletirá sobre o tema da plantação de igrejas. Fukue, por sua vez, trará um foco mais no indivíduo cristão uma vez que refletirá sobre a relação entre a vocação cristã e a missão. Goerl a seu tempo refletirá sobre a revitalização da igreja. Este tópico nos dará a oportunidade de refletir sobre a constante obra de Deus no mundo, mas não apenas entre aqueles que estão perdidos em seus pecados, antes também entre aqueles que potencialmente podem se perder.
Finalmente, o Dr. Samuel Fuhrmann traz em sua reflexão uma importante conexão entre identidade e intencionalidade. Sua abordagem tem como objetivo ajudar a Igreja a perceber os diversos desafios impostos a ela na prática da missão e como, no momento em que ela abandona os princípios missionários, ela perde também sua própria identidade. Sua contribuição nos ajuda a perceber que, ainda que a missão seja algo natural/essencial da igreja, isso não quer dizer que devemos deixá-la simplesmente acontecer sem qualquer preocupação. A missão da igreja é algo sobre a qual, em essência, a igreja não decide fazer ou não fazer. Por outro lado, a igreja não pode encarar a missão como algo automático sobre a qual ela não precisa pensar ou planejar. Em outras palavras, a missão da igreja precisa ser intencional.

Missiólogos tem utilizado o termo missio Dei para falar desta característica da ação divina. Um dos motivos claros para o uso deste termo é a afirmação de que quando uma congregação cristã ou indivíduos cristãos falam de missão, eles não devem pensar na missão como algo que lhes pertence (VICEDOM, 1965, p.5-6). Em outras palavras, a Igreja faz missão porque Deus continua ativo em sua obra de salvar.
Infelizmente, facilmente a igreja identifica missão com a sua própria agenda. Sejam eventos evangelísticos ou atividades congregacionais, no momento em que a Igreja perde a noção da missio Dei, ela começa a servir a si própria. Por esta razão, é importantíssima a contribuição do Dr. Schulz quando ele afirma que a missão de Deus está ligada à cruz de Cristo (SCHULZ, 2009, p.78). Não é a Igreja quem escolhe o que falar ou o que fazer enquanto em missão, e sim o próprio Deus. Não se quer ignorar com isso questões culturais importantes. A Igreja precisa pensar sobre maneiras de se comunicar apropriadamente. O ponto em questão, porém, é que a Igreja faz em missão aquilo que Deus lhe ordena fazer. Isso é assim porque a missão é de Deus, e não da Igreja ou de indivíduos.
Como discutido acima, a missão é algo que pertence a Deus e cuja mensagem é estabelecida pelo próprio Deus. A proposta do X Simpósio Internacional de Missão é debater sobre como estas duas realidades acerca da missão refletem na identidade da igreja. Esta é a razão para falarmos na missão de Deus como marca da Igreja. Em outras palavras, a palavra marca aqui designa um aspecto da identidade da Igreja.
O título e tema do Simpósio tem como inspiração a breve menção feita pelo Dr. Klaus Detlev Schulz sobre as marcas da igreja conforme entendidas por Lutero em seu texto Dos Concílios e da Igreja de 1539. Em seu artigo, Schulz está refletindo sobre a missão como uma nota ecclesia. A sua reflexão é baseada nos artigos 7 e 8 da Confissão de Augsburgo. A certa altura, porém, Schulz recorda que, quando Lutero fala das sete marcas da Igreja, ele não pontua a missão como uma destas marcas (SCHULZ, 2021 p.16). Ele não sugere com isso que Lutero não compreendesse a missão dentro destas sete marcas. No entanto, compreendemos que o assunto seja importante e merece maior atenção.
Por pouco o simpósio não adotou o título “Missão: a oitava marca da Igreja”. As razões para não termos seguido nesta linha são pelo menos duas. Primeiro, consideramos que, quando Lutero aponta as sete marcas da igreja, ele não exclui a missão. É verdade também que Lutero não parece desejar ser exaustivo em sua lista, mas ele quer sim identificar o que define em essência a Igreja de Deus. Por essa razão não cabe a nós esticar a lista sem o devido critério, pois, senão, já não saberemos mais o que faz parte da essência da igreja. Em segundo lugar, falar em oitava marca em uma lista poderia dar a impressão de algo que está em último lugar. Isso certamente pode ser explicado em um artigo ou no próprio Simpósio, mas desejávamos que o título do Simpósio não fosse mal compreendido. Para que tivéssemos esta fundamentação teórica bem desenvolvida, foi convidado o Dr. César Rios para refletir sobre a essência da igreja destacando o lugar da missão.
A urgência do assunto demonstra-se na teoria e na prática. Precisamos nos perguntar se a missão da igreja deve ser vista como um departamento dentro da igreja ou se ela é algo de caráter essencial. Para este fim, o vice-presidente de Educação Cristã da IELB, o Pr. Fernando E. Garske reflete sobre como as demais marcas da igreja conversam com a missão da igreja. Uma vez que a missão é algo essencial da igreja, seria uma contradição abrir mão daquilo que é essencial à igreja na prática da missão.
Após esta reflexão mais teórica sobre a missão como marca da igreja e como esta marca se relaciona com as demais marcas da igreja, o simpósio traz aplicações práticas deste conteúdo. Este é o caráter das palestras dos pastores Lucas P. Graffunder, Mário R. Y. Fukue e do professor Leonidio Goerl. Graffunder refletirá sobre o tema da plantação de igrejas. Fukue, por sua vez, trará um foco mais no indivíduo cristão uma vez que refletirá sobre a relação entre a vocação cristã e a missão. Goerl a seu tempo refletirá sobre a revitalização da igreja. Este tópico nos dará a oportunidade de refletir sobre a constante obra de Deus no mundo, mas não apenas entre aqueles que estão perdidos em seus pecados, antes também entre aqueles que potencialmente podem se perder.
Finalmente, o Dr. Samuel Fuhrmann traz em sua reflexão uma importante conexão entre identidade e intencionalidade. Sua abordagem tem como objetivo ajudar a Igreja a perceber os diversos desafios impostos a ela na prática da missão e como, no momento em que ela abandona os princípios missionários, ela perde também sua própria identidade. Sua contribuição nos ajuda a perceber que, ainda que a missão seja algo natural/essencial da igreja, isso não quer dizer que devemos deixá-la simplesmente acontecer sem qualquer preocupação. A missão da igreja é algo sobre a qual, em essência, a igreja não decide fazer ou não fazer. Por outro lado, a igreja não pode encarar a missão como algo automático sobre a qual ela não precisa pensar ou planejar. Em outras palavras, a missão da igreja precisa ser intencional.

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